Alimentos Sólidos

A passagem de uma alimentação exclusivamente láctea a uma dieta mista, nada mais é que a integração ao leite (materno ou atificial) de outros alimentos necessários ao crescimento do seu bebê: carne, verduras, frutas, cereais, etc. São as novas necessidades nutritivas, que por volta do quarto mês, representam uma etapa bem precisa na evolução física, psicológica e sensorial do bebê. Parece inacreditável, mas qualquer bebê consegue reconhecer os quatro sabores básicos: doce, amargo, salgado e ácido. Sabe-se que os bebês têm uma predileção inata pelo sabor doce, e isso se deve ao fato de que nos primeiros meses de vida, o recém nascido se alimentará exclusivamente de um único alimento: o leite. Materno ou artificial, este primeiro nutrimento é inconfundivelmente doce ao seu paladar. A alimentação sólida, é um processo que se inicia por volta do 6° mês, e que continua gradativamente por todo o primeiro ano de vida. Porque se definiu este período para o início da alimentação? Os motivos são muitos e não só por razões nutricionais. 

As papinhas de sal devem conter um alimento de cada grupo descrito abaixo:
- energia: arroz ou batata ou inhame ou mandioca ou angu ou macarrão, etc.
- proteína vegetal: feijão ou lentilha ou grão de bico ou soja, etc.
- proteína animal: carne ou ave
- vitaminas, minerais e fibras: couve / cenoura / espinafre / abobrinha / couve-flor / taioba / brócolis, etc.



VitaminaOnde se EncontraAo que serveCarência
Vitamina A
Leite, manteiga, queijos,  fígado, ovos, cenouras
Necessária aos olhos, pele e ao crescimento
Provoca pele seca e rugosa, cegueira noturna
Vitamina B1
Levedo de cerveja, legumes, frutas, cereais, carnes, farinha integral e batatas
Necessária para a proteção do tecido nervoso
Provoca cansaço, nervosismo, fraqueza e falta de apetite.
Vitamina B2
Leite,  peixe, carnes, cereais, ovos e fígado
Ajuda a proteger os tecidos e a visão
Provoca lesões na pele e mucosas, conjuntivite
Vitamina B5
Gema do ovo, fígado, verduras de folha verde, levedo de cerveja e legumes
Necessária para nutrir as células dos orgãos e tecidos
Provoca problemas gastrointestinais, cansaço e dor de cabeça
Vitamina B6
Cereais integrais, ovos, legumes, peixe, batatas e carnes 
Necessária à vida celular, protege a superfície da pele e dos tecidos nervosos 
Provoca náusea, vômito, câimbras, anemia e distúrbios nervosos
Vitamina B12
Fígado, peixe, carnes, ovos, leite e queijos
Ajuda na formação dos glóbulos vermelhos e no funcionamento do sistema nervoso
Provoca anemia e distúrbios nervosos
Vitamina C
Verduras de folhas verdes, frutas cítricas, morangos, melão, tomates, couve, espinafre
Ajuda na proteção da membrana celular e na absorção do ferro, defesa imunológica e nos resfriados
Provoca irritação, cansaço, insonia, escorbuto e maior risco de doenças infecciosas
Vitamina D
Leite, manteiga, queijos, gema do ovo, peixe
Favorece a fixação do cálcio e do fósforo nos ossos, ajuda na formação dos dentes, ossos e crescimento
Raquitismo, fragilidade dos ossos
Vitamina E
Óleos vegetais,
Necessária na proteção das células, antioxidante, conserva os tecidos do corpo
Os estudos sobre a carência desta vitamina ainda estão em andamento
Vitamina PP ou Niacina
Carne, peixe, cereais, fígado e legumes
Necessária ao crescimento e a manutenção do organismo
Depressão, fraqueza e falta de vontade
Ácido Fólico
Fígado, verduras de folha verde, ovos e batatas
Ajuda na formação dos glóbulos vermelhos
Anemia, baixo número de glóbulos vermelhos e distúrbios nervosos
 
 
Sete Grupos Fáceis de Lembrar 

 
Os sete grupos
1 - O grupo da carne, do peixe e dos ovos. Reúne todos os alimentos que fornecem proteínas de alto valor biológico, ferro e algumas vitaminas. Princípios essenciais para o crescimento.
2 - O grupo dos laticínios. Leite, iogurte, queijos formam um grupo por si só, porque mais do que qualquer outro alimento, fornecem o cálcio, um mineral importantíssimo para o desenvolvimento ósseo do bebê.
3 - O grupo dos cereais.  É formado pelo arroz, macarrão, farinhas (biscoitos e crackers), mas também pelas batatas, pois são ricas em amido. Este é o grupo da energia. 
4 - O grupo dos legumes. Lentilhas, feijão, grão de bico, ervilhas, são fontes riquíssimas em ferro.
5 - O grupo das gorduras. Óleo de oliva, de girassol, de soja, e também a manteiga e a margarina são os alimentos que apresentam o mesmo princípio nutritivo, de gorduras saturadas.
6 - O grupo das frutas e vegetais fontes de vitamina A. Os vegetais e frutas de cor amarelo-laranja como cenoura, abóbora, banana, caqui, melão, etc, e aqueles de folhas verde escuras como espinafre, brócolis, almeirão, couve, etc, além de sais minerais e fibras são riquíssimas fontes de vitamina A.
7 - O grupo das frutas e vegetais fontes de vitamina C. A lista compreende: tomates, pimentões, couve-flor, limão, laranja, tangerina, abacaxi, morangos, kiwi, amoras, etc, que são sempre mais eficazes se consumidos cru.

 

Como saber se a criança está satisfeita?


O apetite do bebê vai mudar a cada refeição, por isso é melhor prestar atenção aos sinais que ele dá. Quando a criança se recusa a abrir a boca para a próxima colher, vira o rosto ou começa a brincar com a comida, é porque provavelmente está satisfeita. Se seu filho a surpreendeu se revelou um comilão, pode atender à vontade o apetite dele, mas pare de alimentá-lo quando ele mostrar que não quer mais.

• Não se deve dar mel às crianças até 1 ano de idade devido a um pequeno risco de botulismo infantil (mesmo depois dessa idade, quando for dar mel, certifique-se da procedência e de que tenha um selo de fiscalização do Ministério da Agricultura; evite produtos caseiros).

• Alguns pediatras recomendam o uso de vitaminas e ferro nessa fase, dependendo da dieta do bebê. Principalmente nas regiões Sul e Sudeste, os médicos preferem receitar vitamina A e D para as crianças, porque a exposição ao sol é menor. A administração de ferro é determinada caso a caso, mas em alguns casos é mais comum, como quando se trata de prematuros.


OBS: o sal e o óleo vegetal podem ser utilizados durante o preparo, porém, cuidado com as quantidades!!!
Deve-se evitar oferecer à criança no primeiro ano de vida os seguintes alimentos: ovo (principalmente a clara), mel e outros leites que não o leite materno.

 
A partir do momento que se inicia a alimentação complementar, torna-se necessário oferecer à criança água nos intervalos das refeições. A oferta de líquidos deve ser oferecida diretamente em copos, pois são mais higiênicos que mamadeiras, auxiliam no desenvolvimento psicomotor e não desestimulam a sucção ao seio materno.
Deve-se dar atenção á higiene dos alimentos oferecidos, principalmente alimentos consumidos crus como frutas e hortaliças e também aos utensílios utilizados no preparo das refeições. Tudo deve ser muito bem higienizado para evitar qualquer dano à criança.


 A alimentação exclusivamente láctea não é mais suficiente, pois o leite não consegue mais satisfazer todas as exigências nutritivas de seu bebê. Além de uma necessidade calórica maior, ele precisará de novos alimentos mais ricos em proteínas e ferro, por exemplo.

 Estômago e intestino estão mais maduros: prontos para assimilar alimentos que até agora poderiam ser indigestos, e até mesmo provocar distúrbios alimentares e reações alérgicas.

 O seu bebê agora é capaz de deglutir alimentos sólidos: até este momento, um bebê só consegue chupar, mas agora consegue coordenar os músculos necessários para iniciar a aprender a mastigar e engolir um alimento de consistência diferente.

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